Lúcifer- Continuação
Lúcifer
Franz von Stuck
Domínio público.
National Gallery
for foreign Art in Sofia, Bulgária.
Uma ressalva: Luther Link autor de “O Diabo:
máscara sem rosto. São Paulo: Companhia das Letras, 1998”, revela que: “Isaías
não estava falando do Diabo. Usando imagens possivelmente retiradas de um
antigo mito cananeu, Isaías referia-se aos excessos de um ambicioso rei
babilônico."
Destaco que “de acordo com a exegese cristã
e judaica, no livro de Isaías, capítulo 14, o rei de Babilônia, Nabucodonosor
II, conquistador de Jerusalém, é condenado em uma visão profética pelo profeta
Isaías e é chamado de "Estrela da Manhã" (Planeta Vênus). Neste
capítulo, o texto hebraico diz הֵילֵל בֶּן-שָׁחַר (Helel ben
Shachar, "brilhar, filho da manhã")”.
Continuemos:
Eu creio firmemente que não é Lúcifer que
atua mais amiúde em meio a esse Mundo Tenebroso, e sim os outros Anjos que o
acompanharam na Guerra contra o Criador, na chamada Batalha nos Céus, que
abaixo citarei.
Por que?
Porque Lúcifer é muito orgulhoso para tal
serviço, além de não ser ubíquo, ou seja, “onipresente; que pode ser encontrado em todos os
lugares; que está em toda ou qualquer parte”.
Só o Criador é onipotente (que significa
todo-poderoso), onipresente (que significa presente em todo lugar) e onisciente
(que significa com todo conhecimento).
Portanto, Lúcifer necessita de seus
“companheiros” para a realização dos trabalhos maléficos, não faz tudo sozinho.
As lendas e a Tradição Cultural “enchem a
bola de Lúcifer”, sendo que na maioria das vezes fogem da literatura bíblica.
Eu assim creio sobre Lúcifer: “ Tu eras
querubim da guarda ungido, e te estabeleci; permanecias no monte santo de Deus,
no brilho das pedras andavas." - Ez 28.14.
Era o mais belo, o mais poderoso, o que
ocupava o mais Alto Grau na Hierarquia dos Anjos, que foi criado como um anjo
governante, com grandes poderes, tendo como função ser “querubim-da-guarda, o
chefe de uma guarda de querubins que estava de plantão na antessala do Trono de
Deus”.
O profeta Isaias descreve bem em seu livro
no capitulo 14:12-15, sobre a ambição que estava no coração (o coração aqui é
figurado) dele:
“Como
caíste desde o céu, ó Lúcifer, filho da alva! Como foste cortado por terra, tu
que debilitavas as nações! E tu dizias
no teu coração: Eu subirei ao céu, acima das estrelas de Deus exaltarei o meu
trono, e no monte da congregação me assentarei, aos lados do Norte. Subirei
sobre as alturas das nuvens, e serei semelhante ao Altíssimo. E, contudo,
levado serás ao inferno, ao mais profundo do abismo”.
Lúcifer pecou por “orgulho” pela primeira
vez na História.
Esse “orgulhoso” queria ser maior que YHVH,
já que desejava sentar em seu Trono da Gloria.
Lúcifer, aquele que pecou por “ambição” pela
primeira vez na História
Esse “ambicioso” queria ser maior que YHVH,
já que queria construir seu trono acima do Trono de Deus.
Lúcifer que odiava o Homem e a Mulher, o Ser
Humano, “e até recusou um pedido de Deus, o de saudar a nova criatura, feito à
imagem e semelhança Dele, YHVH, pois considerava o ser humano tão inferior que
nem merecia estar no Jardim do Éden, tanto que uma de suas ambições era dominar
o Paraiso e extinguir a Humanidade”.
Que convenceu cerca de um terço dos Anjos a
apoiá-lo.
Lúcifer que liderou a Guerra nos Céus e que
ao ser vencido pelo Arcanjo Miguel, este perguntou-lhe “Quis ut Deus?” (“Quem é
como Deus?”).
Que na luta transformou-se num terrível
dragão, e os eruditos afirmam que por causa de ter sido derrotado, Lúcifer
“jurou vingança, prometendo destruir a raça humana” – Apocalipse 13:12: “E,
quando o dragão viu que fora lançado na terra, perseguiu a mulher que dera à
luz o filho homem.”
Conjunto de
símbolo de Lúcifer em estilo de estrutura
Domínio publico
Volto a afirmar que na minha exegese Lúcifer
é o maioral, o principal, como Príncipe das Trevas, senhor de todo o Mal, tem
gente que o chama de Imperador das Trevas, governando em meio a uma Corte de
Demônios, composta pelas Legiões de Anjos que o seguiram, entre os quais
Satanás, o Grão-vizir, o
que chefia em nome dele- Lúcifer – todo o Mundo das Trevas.
Essa Corte, como toda Corte de Soberanos, é altamente
hierarquizada, tem sete ( 7 ) príncipes, grão-duques, duques, marqueses e
cavaleiros, e esses horarias são distribuídas pelos demônios que chefiam as
várias Legiões de Caídos.
Temos que ter em mente que os céus, a
Glória, onde Deus habita, é totalmente hierarquizado, assim o Mundo das Trevas
copia o da Divindade estabelecendo, também, uma hierarquia, até para colocar
ordem naqueles que caíram com Lúcifer.
Na Bíblia encontramos prova do que afirmo
quanto a hierarquia do Divino:
Apocalipse 4:2: “E logo fui arrebatado em
espírito, e eis que um trono estava posto no céu, e um assentado sobre o trono”
- e Jesus está sentado à direita de Deus
Pai nesse Trono.
Apocalipse 4:4 declara: "Havia também
ao redor do trono vinte e quatro tronos; e sobre os tronos vi assentados vinte
e quatro anciãos, vestidos de branco, que tinham nas suas cabeças coroas de
ouro”.
Apocalipse 4:10,11: “os vinte e quatro
anciãos prostravam-se diante do que estava assentado sobre o trono, e adoravam
o que vive para todo o sempre; e lançavam as suas coroas diante do trono,
dizendo: Digno és, Senhor, de receber glória, e honra, e poder; porque tu
criaste todas as coisas, e por tua vontade são e foram criadas”.
Portanto...
Nessas duas gravuras vemos a representação
das Cortes do Céus e do Inferno e suas semelhanças.
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